A geração do desapego

A geração do desapego

10 de fevereiro de 2022 Escrito por: instituto

Hoje falaremos sobre um tópico que tem se mostrado cada vez mais comum nos dias atuais, principalmente entre os jovens: o desinteresse.

 

Virou moda ser desapegado. Lembram daquele romantismo idealizado que, por muitos e muitos anos, motivou as pessoas a encontrarem o amor de suas vidas? Fez as pessoas acreditarem no amor, independente do momento e do ambiente ao redor. Aquela sensação da conquista, desde a primeira troca de olhares até o primeiro beijo… Pois bem, isso é coisa do passado.

“Mas como assim? Então quer dizer que os jovens pararam de se relacionar?”

Não!! Muito pelo contrário, os jovens estão se relacionando cada vez mais, e cada vez mais cedo… Entretanto, o que muda é o estilo de relação construída entre eles. 

 

Se antigamente (e nem precisamos ir tão longe no tempo assim), as pessoas valorizavam a atenção, o companheirismo e a fidelidade, hoje em dia, parece que há uma batalha para decidir quem é o mais indiferente da relação… Mas como assim?

O fato é que, se uns anos atrás, o que tornava uma pessoa mais atraente era o fato de ela se importar e demonstrar afeto, hoje em dia, parece que, quanto menos as pessoas se importam, mais atraentes elas ficam. E por que?

Virou tendência a ideia da auto-suficiência. A ideia de que a solidão é a maior das liberdades e de que você não depende de ninguém para ser feliz, além de si mesmo. 

 

No papel, até que a ideia é legal, mas na prática… 

Esse tipo de pensamento reflete diretamente no comportamento dos jovens no que diz respeito a seus relacionamentos amorosos. O que vemos hoje em dia são relações extremamente superficiais, nas quais os jovens migram de beijo em beijo e transa em transa, sempre no intuito de inflar o próprio ego e se sentir o “fodão” que pega todas ou a “desapegada” que arrasa os corações dos machos.

Esse estilo de pensamento contribui diretamente para que as pessoas estejam cada vez mais distantes umas das outras. 

 

Ok. 

É legal sermos auto suficientes? 

Sim. 

Estar em sua própria companhia é bom? 

É. 

Mas acreditar que você pode levar uma vida sozinho e simplesmente usar as pessoas que passam por ela, a fim de atender suas necessidades e desejos momentâneos, é narcisismo puro. 

 

Chega um momento na vida de um homem (ou de uma mulher) em que ele (a) precisa de outras pessoas. E muita gente não entende que amor próprio não tem nada a ver com se amar mais do que amar o próximo. Amor próprio nada mais é do que a ideia de encontrar uma maneira de se envolver com outra pessoa, sem que precise deixar de amar-se.

Vivemos em uma geração em que ser egoísta é a nova tendência. E me desculpe, mas se você acha que sair com várias pessoas como se não houvesse amanhã vai te transformar em um independente afetivo, e que ter um coração de pedra é o caminho para não sofrer e manter a sua plenitude mental, tenho uma novidade para você: você está se enganando, uma hora a ficha vai cair e você não vai ter ninguém ao seu lado para te confortar.

 

Portanto, amem! 

Se apaixonem, se permitam viver grandes romances, grandes amizades, grandes histórias… Não tenham medo e não se deixem levar pelas inseguranças de outras pessoas, que preferem mascarar tudo isso agindo como beija-flores, que se alimentam, mas não voltam e, se voltam, não ficam.

Sobre a Cris

Sobre a Cris Monteiro

Idealizadora e fundadora do Instituto Cris Monteiro, também sou escritora, palestrante, terapeuta matrimonial holística e apresentadora de um canal no YouTube com mais de 260.000 seguidores.

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