Reciprocidade e contrapartidas na vida de um casal

No texto de hoje vamos falar sobre Contrapartidas e Reciprocidade no relacionamento.
Quando falamos em contrapartida, queremos falar sobre o que se oferece em troca de algo. Ou seja, aquilo que correspondemos quanto a uma ação direcionada a nós. Uma demonstração, um diálogo, etc.
Já quando falamos de reciprocidade, falamos da correspondência mútua, do entendimento que dois elementos se relacionam de maneira correspondente dentro de uma situação.
É fácil perceber que os dois assuntos estão extremamente conectados, uma vez que a reciprocidade se manifesta nas inúmeras partidas e contrapartidas da vida de um casal.
Então com isso te pergunto, dentro da questão de exigir algo recíproco:
O que é justo e o que não é? O quanto eu tenho que ter de volta na relação?
Fácil.
Para saber o que é justo e o quanto eu devo estar exigindo de alguém ou de alguma coisa, devo analisar e me basear nas minhas próprias contrapartidas em relação ao outro.
Isto é, estou entregando o necessário nos mesmos aspectos que me incomodam quanto às entregas do meu parceiro? Como tem sido o meu papel nas contrapartidas da nossa relação?
Afinal, É muito comum ver casais que tem problema no casamento por causa de uma contrapartida falha, é muito provável que você esteja se sentindo assim.
Ou regamos, cuidamos e nos importamos juntos, ou não manteremos quem faz a diferença em nossas vidas. - Ninguém fica onde não existe reciprocidade.
A sensação de injustiça de fazer tanto pela relação, de nadar tanto e morrer na praia é de fato horrível e exaustiva. Cansa né?
Você tem a sensação de que só você faz pelo seu relacionamento?
Vamos fazer de tudo o possível para consertar e corrigir estes problemas.
"Cris, de uns tempos para cá percebi que faço muito pelo meu marido. Já a contrapartida dele é muito pequena, quase nula. Como posso resolver isso?”
É difícil e trabalhoso se esforçar pela mutualidade que deve existir dentro de uma relação. Isto se deve ao fato de que, simplesmente por sermos indivíduos diferentes, formados e criados de maneiras diferentes, com costumes diversificados, valores divergentes, já existe um conflito de maneiras de pensar. O que no dia-a-dia de uma vida compartilhada pode acabar resultando em brigas e discussões desnecessárias por divergência de mundos.
O desafio num relacionamento duradouro é continuar estimulando e fazendo presente as poucas afinidades que criamos juntos. Sejam elas: o carinho, o sexo, a conversa antes de dormir, o apoio moral, os sentimentos, etc. No quesito dos fatores que nos unem, é preciso estar atento para entregar e cobrar contrapartidas de magnitudes recíprocas.
Mas antes é preciso ser um exemplo um pra si mesmo para então assim peitar alguém quanto as nossas necessidades e insatisfações.
Quando estamos vulneráveis e agimos sem pensar, nossa tendência acaba sendo por atingir e cobrar o outro.
“Você é aquilo” , “ você é isso”.
Cobramos a entrega sem nem olhar pra dentro das nossas próprias demandas.
Não entregamos para nós mesmos e nem para o outro, mas mesmo assim nos sentimos no direito de cobrar.
Com que frequência analisamos a nós mesmos? Quanto estamos entregando, antes de só cobrar por nossas insatisfações?
É preciso ser justo. É preciso ser recíproco.
Temos sim que nos indignar se, por acaso, estivermos entregando efetivamente em todos os aspectos dos quais sentimos a falta do outro. Devemos ser pioneiros nas contrapartidas corretas para caminhar em direção à reciprocidade.
É preciso cobrar, sim, e exigir essa demanda, essa contrapartida.
Meu conselho é: primeiro corrija a sua entrega. Chegue num patamar de eficiência para mostrar ao outro que ele precisa se mexer pra acompanhar.
A reciprocidade vem em todos os aspectos da contrapartida, por isso que são tão relacionadas.
Dialogue suas preocupações, mas lembre-se da arte da conversação, da malícia, do respeito, de expor seus pontos com coerência e da maneira certa para que não haja a oportunidade de desculpas da outra parte.
Demonstre eficiência e tenha a consciência limpa de que você fez o seu, antes de exigir o do outro.
Texto adaptado por: Rafaella P.
Conteúdo original: Cris Monteiro (Youtube)
Ilustração: Kate Pugsley